Indústria automotiva busca o melhor caminho para emissões zero de CO2 - Portal Carsughi

2021-11-22 03:44:16 By : Ms. Tina Zhao

O mundo precisará de todas as rotas tecnológicas para atingir a meta de reduzir drasticamente as emissões de CO2, o principal (não o único) gás de efeito estufa, até 2050. Ainda há alguma confusão sobre as fontes emissoras. Se for considerado o conceito correto de poço à roda, em que não só o que sai do escapamento (zero no caso de um veículo 100% elétrico) é avaliado, mas também a fonte de geração de energia primária, calcula-se em torno da responsabilidade do transporte terrestre pelas mudanças climáticas e aumento da temperatura média do planeta é de 30%.

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de 31 de outubro a 12 de novembro, em Glasgow (Escócia), tem como objetivo combater ao máximo o aquecimento global, incluindo o metano que é principalmente derivado da pecuária. Os países querem estimular a eletrificação acelerada da frota de veículos leves como forma de conter a dependência mundial dos combustíveis fósseis. China, Rússia e Índia, porém, nem estão em Glasgow.

Fala-se em US $ 4 trilhões em investimentos em energia solar e eólica para substituir petróleo e gás, mas em todo o mundo ainda não se sabe de onde virá o dinheiro. A Agência Internacional de Energia recomenda redução de 75% na demanda por petróleo até 2050, em referência a 2019. Porém, outras fontes acreditam que se a demanda for a mesma ao final desses 31 anos, já haveria um resultado a comemorar. . O segundo cenário parece mais provável, já que os países de renda média e baixa não têm recursos para investir.

Para a adoção em massa de carros elétricos, é necessário superar o gargalo do número de pontos de recarga. Além disso, estudo recente da consultoria Anderson Economic Group apontou custos, nos EUA, até 50% maiores para recarregar um elétrico em postos públicos em comparação a um veículo com motor a combustão. E ninguém se atreve a estimar qual será o preço da eletricidade em 2050.

No Brasil, foi criado na semana passada o Movimento para a Mobilidade Sustentável de Baixo Carbono (MSBC), uma iniciativa da AEA, Anfavea, SAE, Sindipeças e Unica (associação da indústria canavieira). O objetivo é ampliar os esforços do país para reduzir as emissões de dióxido de carbono e apoiar a integração de três programas federais cujo objetivo central ou acessório é estimular a redução do consumo de combustíveis: Proconve, RenovaBio e Rota 2030.

A MSBC apóia o conceito do poço à roda para iniciativas governamentais, adoção rápida de soluções de baixo carbono, colaboração brasileira com outros países que buscam os mesmos objetivos e desenvolvimento de um plano de implementação.

Ao lançar o movimento, teve-se o cuidado de não estabelecer uma rota tecnológica específica. Até porque no cenário mais provável para 2035, no estudo da consultoria BCG, 78% da frota brasileira de automóveis e comerciais leves teria motores flex, 2% a gasolina e 2% a diesel. O restante seriam híbridos leves, convencionais e recarregáveis ​​(13%) e movidos a bateria (5%).

Porém, sabe-se que os carros híbridos flex apresentam um caminho mais interessante, se movidos a etanol de segunda geração, capaz de neutralizar 100% das emissões de dióxido de carbono, do poço à roda. Existe um bom caminho.

A Volkswagen, por exemplo, acaba de anunciar uma parceria com a Shell e a Raízen. Pode ser o ímpeto para o novo etanol. A fabricante está desenvolvendo híbridos flex no Brasil. Portanto, não se limitará a apenas importar modelos elétricos como ID.3 e ID.4.

APESAR da previsão de ponta curta, a Voyage sobreviveu por um ano: continuará em produção até dezembro de 2022. Quanto à picape Saveiro, garanto-vos, vai durar até dezembro de 2024 (no ano seguinte, a média - a pickup Tarok compacta chegará da Argentina na Argentina (quatro portas). A lista de quem já se despediu ou se despedirá do mercado até dezembro de 2021 é longa. EcoSport e Ka hatch / sedan; up !, e Fox; Montana; Etios hatch / sedan e Prius; Uno, Doblò e Grand Siena; Sentra e Versa V-drive; Fit e Civic; A3 sedan.

O TIGGO 3X recebeu uma nova frente para se diferenciar do Tiggo 2. No entanto, é mais um hatch “aventureiro” do que um SUV. Ganhou fôlego com o novo motor turbo de 1 litro e 3 cilindros. Se o torque é bom (17,1 kgf.m / etanol) e bem aproveitado pela caixa automática CVT de 9 marchas, a baixa potência (102 cv) limita seu desempenho, tanto na carga quanto nas ultrapassagens em estrada. O interior é muito melhor, incluindo uma tela multimídia de 9 polegadas. boa resolução e espelhamento de telefone celular (com fio). A direção tem assistência elétrica, mas nenhum ajuste de distância do volante. Bom tronco para seu tamanho.

A UMICORE, empresa de origem belga bicentenária, completou 30 anos de instalação de sua fábrica em Americana (SP), onde já produziu mais de 55 milhões de catalisadores de três vias. A obrigatoriedade só se tornou obrigatória a partir de 1997, apesar de o Proconve no Brasil ter sido criado em 1986. A partir de 1º de janeiro, fase 7 do programa, os conversores catalíticos terão durabilidade mínima de 160 mil km, o dobro da atual.

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Fernando Calmon, engenheiro e jornalista especializado desde 1967. Sua coluna automotiva semanal “Fernando Calmon” estreou em 1999. Publicado no UOL Carros e em uma rede de mais de 80 portais, sites, jornais e revistas de todo o país. Editor da revista Top Cars. Correspondente para a América do Sul do site Just-auto (Inglaterra). Em abril de 2015, eleita o jornalista automobilístico mais admirado do país por 400 profissionais do setor. Consultor técnico automotivo, mercado automotivo e comunicação.

Claudio Carsughi é jornalista, comentarista e crítico da Fórmula 1, do futebol e da indústria automobilística. Atua nesses segmentos há mais de 50 anos.

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