Alemanha e Dinamarca investem 9MM€ em parque eólico no Mar Báltico | Construir

2022-09-17 00:17:56 By : Ms. Nerissa Yang

Este projeto de energia eólica pretende também contribuir para os objetivos definidos pela Comissão Europeia, que pretende atingir 300 GW de capacidade de produção de energia eólica até 2050. Atualmente, são produzidos apenas 12 GW

Este projeto de energia eólica pretende também contribuir para os objetivos definidos pela Comissão Europeia, que pretende atingir 300 GW de capacidade de produção de energia eólica até 2050. Atualmente, são produzidos apenas 12 GW

As autoridades da Alemanha e Dinamarca chegaram a entendimento para o desenvolvimento de um parque eólico a construir em pleno Mar Báltico, um investimento estimado em nove mil milhões de euros que gerará 3 GW, quantidade de energia suficiente para abastecer 4,1 milhões de residências.

Os governos germânico e dinamarquês procuram uma solução que permita à Europa dar um passo atrás no fornecimento de gás natural da Rússia. Em causa está a construção de um parque eólico offshore no Mar Báltico – Bornholm Energy Island que ligará vários parques eólicos e distribuirá a energia produzida por estes dois países. O projeto estará operacional somente a partir de 2030.

O investimento será de três mil milhões de euros em infraestrutura, aos quais se somarão seis mil milhões de euros para o parque eólico offshore, segundo o governo dinamarquês. Os custos serão partilhados entre as duas partes e serão realizados do lado alemão, pela 50Hertz, e do lado dinamarquês, pela Energinet. Uma vez operacional, sujeito à aprovação dos dois membros, outros países bálticos e a Polônia poderão participar do projeto.

Este projeto de energia eólica pretende também contribuir para os objetivos definidos pela Comissão Europeia, que pretende atingir 300 GW de capacidade de produção de energia eólica até 2050. Atualmente, são produzidos apenas 12 GW.

A instalação da central fotovoltaica em Almeirim insere-se no âmbito da estratégia de sustentabilidade da SUMOL+COMPAL, que prevê a transformação e diversificação de fontes energéticas

A SUMOL+COMPAL considera investir três milhões de euros numa central fotovoltaica para tornar a sua unidade de produção e distribuição em Almeirim, mais sustentável do ponto de vista energético, com a produção de energia renovável para autoconsumo.

De acordo com o jornal HIPERSUPER, o projeto será realizado em várias fases, devendo atingir a potência instalada de 3MWp. Se esta energia fosse produzida através de energias fósseis, seriam emitidas cerca de 984 toneladas de CO2e por ano, o que é equivalente à captação de CO2e por 44.643 árvores.

A primeira fase já está concluída e conta com a instalação de 1.850 painéis fotovoltaicos, numa área de 11.000 m2, e uma potência instalada de 1MWp. Esta primeira fase já responde a 15% das necessidades energéticas da fábrica em Almeirim, valor que será incrementado para 25%, com o início da produção de energia da segunda fase do projeto, que deverá estar concluída no início do próximo ano.

A instalação da central fotovoltaica em Almeirim insere-se no âmbito da estratégia de sustentabilidade da SUMOL+COMPAL, que prevê a transformação e diversificação de fontes energéticas, assente nos eixos da diversificação e independência energética, da descarbonização e da melhoria da eficiência dos custos energéticos. A empresa está também a avaliar a instalação de centrais fotovoltaicas noutras instalações, nomeadamente em Pombal, Vila Flor e no edifício da sede, em Carnaxide. Esta central fotovoltaica na fábrica de Almeirim abre ainda a oportunidade de, em conjunto com a Câmara Municipal de Almeirim, avaliar formas de disponibilizar os excedentes de produção de energia ao serviço da comunidade.

As diferentes peças que a compõem este equipamento chegaram esta semana ao Porto de Lisboa. Esta é a peça fundamental que irá permitir a construção dos túneis previstos no Plano Geral de Drenagem de Lisboa

Chegaram esta semana ao Porto de Lisboa as diversas peças que compõem a tuneladora H2OLi – a fundamental ferramenta na escavação dos túneis de drenagem de Lisboa. Na ocasião da chegada marcaram presença o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, a vereadora Filipa Roseta e representantes do consórcio construtor liderado pela Mota-Engil / Spies-Batignolles International e da concessionária portuária Ership Lisboa.

A H2OLi tem cerca 130 metros de comprimento, 6,4 metros de diâmetro externo e uma cabeça de corte que pesa 70 toneladas. Atingindo os 70 metros abaixo do solo durante os trabalhos de perfuração / escavação, vai construir dois túneis: um ligando Monsanto a Santa Apolónia (4,6 km) e outro ligando Chelas ao Beato (1,0 km). Ao longo dos trabalhos, a tuneladora irá colocar 3300 anéis e um total de 19 mil aduelas (cada uma com quatro toneladas).

As peças componentes da H2OLi vão ser montadas no estaleiro de Campolide, assim que estiver terminada a contenção e escavação do poço de ataque – cujas dimensões são idênticas a um campo de futebol com 26 metros de profundidade. Os trabalhos da tuneladora, propriamente dita, iniciar-se-ão previsivelmente no início de 2023 e a obra total prevê-se que termine no primeiro trimestre de 2025.

Como o Construir já noticiou, este conjunto de obras do PGDL destina-se a controlar as águas pluviais e assim reduzir os riscos de cheias e inundações em Lisboa, mitigando os previsíveis efeitos das alterações climáticas, enquanto permitirá a reutilização das águas pluviais para rega de espaços verdes, reforço das redes de incêndio e lavagem de ruas. Curiosamente, a tuneladora chegou a Lisboa no preciso momento em que os efeitos da tempestade Danielle se fizeram sentir realçando, mais uma vez, as dificuldades dos actuais sistemas de drenagem e escoamento das águas, situação que esta obra pretende evitar.

O acordo agora fechado entre a GreenVolt e a BA Glass prevê que o fornecimento de energia gerada nos parques solares e eólicos na Polónia se inicie durante o quarto trimestre de 2023

A GreenVolt – Energias Renováveis, assinou com a BA Glass um contrato de aquisição de energia (PPA ou Power Purchase Agreement, na língua inglesa) para fornecer energia obtida a partir de fontes renováveis à sua unidade polaca por um período de 15 anos.

A energia renovável será fornecida a um dos maiores produtores de embalagens e garrafas de vidro da Europa através da Augusta Energy, uma joint-venture entre a KGAL, uma gestora de ativos alemã, e a V-Ridium Power, empresa que opera no mercado polaco, detida a 100% pela GreenVolt.

O acordo agora fechado entre a GreenVolt e a BA Glass prevê que o fornecimento de energia gerada nos parques solares e eólicos na Polónia se inicie durante o quarto trimestre de 2023.

A energia que será fornecida anualmente à BA Glass é equivalente ao consumo médio de 4.800 famílias. Vai permitir que seja evitada a emissão de 11,6 mil toneladas de CO2, por ano, contribuindo assim para que a empresa do sector do vidro alcance as suas metas de sustentabilidade.

“Esta parceria com a BA Glass na Polónia, reforça a posição da GreenVolt como uma referência no desenvolvimento e operacionalização de projectos de energia renovável na Europa, bem como a sua capacidade de dar resposta a soluções à medida das necessidades dos seus clientes e de os ajudar a atingirem os objectivos de descarbonização”, diz João Manso Neto, CEO da GreenVolt.

A par da produção de energia a partir de biomassa, a partir de resíduos florestais e resíduos lenhososos urbanos, em Portugal e no Reino Unido, a GreenVolt é promotora de projectos eólicos e solares fotovoltaicos, com actuação em vários mercados europeus e no mercado americano, com um pipeline de 6,7 GW – com 2,9 GW em estado avançado de desenvolvimento até ao final de 2023.

No segmento estratégico da geração distribuída, actua nos mercados português e espanhol, tanto no segmento empresarial como no residencial apresentando soluções que visam a redução da factura energética dos seus clientes.

O investimento de 6,9 milhões de euros no reforço da segurança e mobilidade do Viaduto Duarte Pacheco arrancou a 31 de Agosto e irá decorrer durante os próximos 18 meses

Foi consignada a empreitada de reabilitação e reforço sísmico do Viaduto Duarte Pacheco, em Lisboa. A assinatura do auto de consignação, realizada a 31 de Agosto, marca o início da obra, que tem um prazo de execução de 525 dias e envolve um investimento de perto de 6,9 milhões de euros.

A intervenção tem como objectivo melhorar a condição estrutural do Viaduto Duarte Pacheco, através da implementação do reforço sísmico, a reparação localizada da estrutura, a reabilitação geral das pilastras do P2 e P3, a repavimentação da plataforma rodoviária e a aplicação de protecção geral das superfícies de betão e dos elementos metálicos.

No decorrer da empreitada, de modo a garantir a boa execução da obra e a segurança de pessoas e bens, será necessário implementar condicionamentos à circulação rodoviária. A calendarização e configuração dos constrangimentos serão previamente divulgados pela IP.

O investimento da Infraestruturas de Portugal na beneficiação do estado de conservação e reforço da durabilidade estrutural, promove a melhoria dos níveis de conforto, mobilidade e segurança rodoviária dos milhares de automobilistas que diariamente circulam sobre o Viaduto Duarte Pacheco e também de todos, automobilistas e utilizadores do caminho de ferro, que cruzam sob esta emblemática infraestrutura da cidade de Lisboa, inaugurada em 1944.

A Usina Mascarenhas tem 198 Megawatt (MW) de capacidade instalada e está localizada no rio Doce, no estado do Espírito Santo

A EDP Brasil anunciou a venda da hidroelétrica Mascarenhas, localizada no estado brasileiro do Espírito Santos, à Victory Hill Global Sustainable Energy Opportunities, companhia sediada em Londres, por 1,2 mil milhões de reais (240 milhões de euros).

A empresa receberá 800 milhões de reais (156,2 milhões de euros) após fechar o negócio e o restante irá receber conforme condicionantes estabelecidas no processo de renovação de concessão da hidroelétrica. Segundo a EDP Brasil, a operação e o preço estão sujeitos à verificação de condições precedentes e ajustes usuais.

A empresa também destacou a negociação está alinhada ao planeamento estratégico da EDP no Brasil “para o ciclo de 2021-2025, que tem como objetivo diversificar o portfólio da companhia e ampliar os investimentos em geração solar e redes, além de rotacionar ativos de geração em maturidade.”

A Usina Mascarenhas tem 198 Megawatt (MW) de capacidade instalada e está localizada no rio Doce, no estado do Espírito Santo. Em Junho de 2022 possuía património líquido de 263,5 milhões de reais (51,5 milhões de reais) e uma geração de caixa de 176,5 milhões de reais (34,5 milhões de euros).

“Estamos felizes em anunciar esta transação, que está alinhada ao nosso compromisso estratégico de balancear o nosso portfólio de geração, nos possibilitando reduzir a exposição ao risco hídrico e ampliar o nosso investimento em energia solar”, destacou João Marques da Cruz, CEO da EDP no Brasil. “O anúncio dessa venda demonstra mais uma vez o nosso compromisso em gerar valor aos acionistas, mantendo a nossa disciplina financeira e um balanço robusto”, acrescentou Henrique Freire, CFO da EDP no Brasil.

A Victory Hill Global Sustainable Energy Opportunities tem 2,4 mil milhões de reais (470 milhões de euros) em valor de ativos distribuídos no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália. No Brasil, administra 18 empreendimentos de geração solar. Na aquisição do ativo, haverá a manutenção da atual equipa de colaboradores.

A companhia pretende nomear a Paraty Energia, empresa atuante no setor elétrico brasileiro e especializada em comercialização de energia, consultoria de projetos e operações, como Parceira Operacional. No plano estratégico anunciado para o ciclo 2021-2025, a EDP Brasil destacou pretender atingir 1 Gigawatt (GW) de capacidade instalada em geração fotovoltaica no Brasil.

Nesse sentido, já anunciou, em parceria com a EDP Renováveis, a construção das usinas de Monte Verde, no Rio Grande do Norte e Novo Oriente, em São Paulo.

A obra, incluída num projecto com distintas fases, consiste na construção de um reservatório intermédio de água consumo, visando ultrapassar os obstáculos numa zona montanhosa que actualmente não permitem levar água potável a todos os destinos. Empreitada tem término previsto para Maio de 2023

A Riportico Engenharia é a empresa responsável pela fiscalização, gestão da qualidade, coordenação de segurança em obra, coordenação de gestão ambiental e acompanhamento arqueológico da empreitada de Fases de Reforço de Adução a Loulé – Ligação ao Reservatório Intermédio.

O contrato de 178.550 euros, adjudicado pela Águas de Portugal, está inserido numa empreitada, cujo valor de investimento por parte do dono da obra é de perto de cinco milhões de euros e tem término previsto para Maio de 2023.

A obra, incluída num projecto com distintas fases, consiste na construção de um reservatório intermédio de água consumo, visando ultrapassar os obstáculos numa zona montanhosa que actualmente não permitem levar água potável a todos os destinos. O reservatório será alimentado a partir da Estação Elevatória da Estibeira, já construída numa fase anterior do projecto, através de um sistema com 4.400 metros de tubagem com diâmetro de 450 milímetros, totalmente enterrada.

Este reservatório intermédio será constituído por duas células em betão armado e abrigará um total de 3.400 metros cúbicos de água potável. O reservatório a ser construído trata-se de uma estação elevatória para elevar as águas até ao topo da montanha onde, numa próxima etapa, será construído outro reservatório para a distribuição de água a todo o concelho de Loulé. A tubagem será constituída por tubos de ferro fundido com diâmetro constante de 450mm, enterrado ao longo da estrada municipal EM1295, passando por debaixo da N270 e a Via do Infante de Sagres (A22).

A empreitada de construção e ligação ao reservatório intermédio teve início em Maio deste ano, tendo um prazo de conclusão de 360 dias.

O contrato de Engineering, Procurement and Construction (EPC) para o desenvolvimento e execução do “Projecto de Criação da Ponte Kutuctay e Acessos”, no sul do Peru, tem um prazo previsto de 12 meses e um montante de mais de 10 M€

A Etermar – Engenharia e Construção ganhou a obra para o desenvolvimento e execução do “Projecto de Criação da Ponte Kutuctay e Acessos”, na província de Cotabambas, região de Apurímaque, no sul do Peru, tendo a Cuatrecasas assessorado a sucursal na adjudicação, negociação e assinatura de um contrato EPC (engineering, procurement and construction). Com um prazo previsto de construção de 12 meses, a empreitada tem um custo superior a 10 milhões de euros.

A Etermar é uma empresa portuguesa líder no sector da engenharia e construção, internacionalmente reconhecida pela experiência em obras marítimas e hidráulicas, e que iniciou operações no Peru em 2017 tendo, desde então, trabalhado em importantes projectos de infraestruturas em todo o país.

A empresa fecha, assim, o primeiro contrato EPC com uma das maiores empresas mineiras do Peru. Desta forma, vai executar uma obra de grande envergadura, gerando uma exposição considerável no mercado.

“Estamos muito contentes por ter assessorado a Etermar na assinatura do contrato EPC para a execução do Projecto Ponte Kutuctay, por um valor superior a 40 milhões de sóis” [moeda do Peru, equivalente a mais de 10 milhões de euros], comenta Aldo Reggiardo, sócio do escritório de Lima da Cuatrecasas, da área de Financeira.

“O projeto vai ser levado a cabo no âmbito do mecanismo de ‘Obras por Impostos’, sendo financiado pela Minera Las Bambas S.A.C., uma das maiores empresas de minas do mundo. O regime através do qual o projecto será realizado permite a execução de obras de infraestruturas públicas relevantes através do financiamento e desenvolvimento de privados”, acrescenta.

Além de Aldo Reggiardo, participou nesta operação o associado da mesma área Alejandro Zorrilla, da equipa da Cuatrecasas.

A empresa de base tecnológica sedeada em Coimbra assume a fiscalização, coordenação de segurança em obra e gestão ambiental e do património cultural de uma fase crucial do projecto Metro Bus, o qual irá revolucionar a mobilidade nos três concelhos abrangidos

Arrancou a empreitada de construção da Linha do Hospital do Metro Mondego que ligará a Avenida Aeminium ao Hospital Pediátrico, a qual inclui a construção de um canal com 3,5 quilómetros de extensão e uma largura de sete metros, a criação de nove estações para passageiros, a realização de uma zona terminal de carregamento eléctrico, vai obrigar à intervenção em cinco rotundas e 20 intersecções e inclui a construção de um elevador entre a estação dos Hospitais da Universidade de Coimbra e a Av. Bissaya Barreto. Uma obra orçada em 15,5 milhões de euros e tem um prazo de execução de 18 meses. A empreitada, a cargo da Cimontubo – Tubagens e Soldadura, será fiscalizada pela TUU. A empresa de engenharia de Coimbra será responsável ainda pela coordenação de segurança em obra e gestão ambiental e do património cultural.

A empreitada envolve ainda a remodelação das redes de drenagem de águas residuais e é promovida em conjunto e coordenada entre a IP e a Águas de Coimbra, a qual irá promover a remodelação das redes de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais, envolvendo a intervenção na rede de abastecimento de água, criação de novas redes de drenagem doméstica e de novas redes de drenagem pluvial.

Esta é uma importante etapa do Metro Bus, o qual uma vez concluído irá ligar os concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, numa extensão total de 42 quilómetros que reabilita o antigo ramal da Lousã. Mas está é também uma obra com impacto para a empresa sedeada em Coimbra e que saiu da incubadora de empresas inovadores e tecnológicas do Instituto Pedro Nunes e que hoje está instalada no URUBO.

Cria em 2016, “a ideia da TUU – Building Design Management era ser um centro de conhecimento na área da construção, tendo como principais objectivos fazer a gestão de projectos e o desenvolvimento de tecnologia para a construção, mas evoluiu para muito mais. Hoje, os serviços da TUU vão desde a arquitectura, fiscalização e acompanhamento de obras, negociação de empreitadas e o desenvolvimento de plataformas de software de gestão de projectos e investimentos, com a Buildtoo”, explica Hélder Loio, CEO da TUU. A Buildtoo é a plataforma criada para fazer a gestão de projectos de investimento imobiliário, design, remodelação ou construção e que permite coordenar investidores, projectistas, empreiteiros e fornecedores, com impacto ao nível da redução de custos, derrapagens de tempo e de custos e que permite uma visão tempo real da obra/projecto.

Apesar de sedeada em Coimbra a empresa tem hoje uma actuação alargada a todo o território nacional, o que é espelhado pela sua carteira de obras. “Este ano prevemos ultrapassar os três milhões de facturação. “A Linha do Hospital do Metro Mondego é de facto um projecto muito relevante para a TUU e para Coimbra porque irá mudar a forma como se vive uma cidade, no  no entanto, estamos envolvidos em outros importantes projectos, como a Remodelação do Arco do Cego ou a Nova Residência Universitária em Lisboa, o Hospital Beatriz Godinho em Leiria ou os CHUC em Coimbra, os projectos de Arquitectura para o IHRU e IEFP, os projectos na área do ambiente com a CIM Região de Coimbra, LIPOR ou ERSUC, ou o acompanhamento das obras da APIN, ABMG, ADRA ou Águas do Centro Litoral, que são alguns dos projectos que vão marcar definitivamente o ano de 2022”, inúmera o responsável.

 O desafio da digitalização

Em Julho a empresa organizou a Academia Summer Edition, com o tema ‘O Futuro da Construção’ a dominar uma semana pensada e criada para os mais jovens, na qual através da partilha de experiências, proporcionou um primeiro contacto com o mercado de trabalho de uma forma dinâmica, informativa e motivadora. “Acreditamos que o futuro da construção está nesta geração e com iniciativas destas propomo-nos a trazer talento para a TUU e ao mesmo tempo para Coimbra, afirmando-nos como centro do conhecimento na área da construção”, sustenta Hélder Loio.

Se é verdade que uma grande maioria de empresas do sector AEC vão ser obrigadas a implementar reformas e a capacitarem os seus quadros para responder ao desafio da digitalização do sector outras há, como a TUU, que são o resultado dessa inovação e essa é “seguramente, uma das maiores valias, estamos sempre à procura de como podemos inovar num sector tradicionalmente resistente à inovação. Mas a nossa maior valia é a equipa que conseguimos reunir numa altura em que o talento é tão escasso, são os TUU que levam esta vontade de inovar para os projectos e as obras”, considera o ceo da tecnológica.

“Nunca se falou tanto de digitalização da construção como actualmente, mas em Portugal tardamos a implementar metodologias que há muito são obrigatórias noutros países como as metodologias BIM no desenvolvimento de projectos ou as plataformas de gestão de projectos que incentivam à colaboração e transparência entre todos os intervenientes. Acreditamos que estamos a fazer a nossa parte ao divulgar e implementar estas soluções, mas a sua implementação massiva depende de legislação e de uma verdadeira revolução de mentalidades que ainda só está a começar”, defende.

Projecto contempla o “Estudo de Viabilidade Técnica do Projecto de Optimização da Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos” em Abidjan no âmbito de uma Parceria Público Privada. Com um investimento de cerca de 483 mil euros, o projecto terá uma duração de oito meses

A Prospectiva iniciou mais um projecto para o Banco Mundial em África. O contrato, que resulta de um consórcio entre a Prospectiva, a LIPOR e a Concept, foi celebrado com o Ministério de Saneamento e Salubridade da Costa do Marfim, e tem por fundamento o Projecto de Saneamento e Resiliência Urbana (PARU), financiado pelo Banco Mundial.

O projecto conta com um investimento de cerca de 483 mil euros e terá uma duração de oito meses.

O Governo da Costa do Marfim estabeleceu como prioridade tornar a capital económica “uma cidade limpa e sustentável, onde as pessoas vivem e trabalham sem riscos para a sua saúde e sem comprometer o seu bem-estar na cidade”. Esta visão baseia-se, em particular, nos compromissos assumidos no quadro do Acordo de Paris sobre o Clima e visa dar uma contribuição sustentável para a redução das emissões de gases com efeito de estufa no sector dos resíduos, através da implementação da nova política de gestão de resíduos sólidos no Distrito Autónomo de Abidjan.

Neste sentido, o projecto contempla o “Estudo de Viabilidade Técnica do Projecto de Optimização da Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos”, no distrito autónomo de Abidjan e o “Método de Construção da Infraestrutura” no âmbito de uma PPP – Parceria Público Privada.

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou uma proposta da Câmara para a contratação de um empréstimo, até 90 milhões de euros, junto do Banco Europeu de Investimentos, para aplicação exclusiva ao Plano Geral de Drenagem. O objectivo visa proteger a cidade de Lisboa de inundações nos próximos 100 anos

A Câmara de Lisboa acaba de dar mais um passo em direcção à tão aguardada execução do Plano de Drenagem, depois de ter sido aprovada, em Assembleia Municipal, uma proposta para a contratação de um empréstimo, até 90 milhões de euros, junto do Banco Europeu de Investimentos, para aplicação exclusiva ao plano.

Na apresentação da proposta, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), disse que a contratação de um empréstimo de médio e longo prazo junto do Banco Europeu de Investimentos (BEI) é para a concretização do Plano Geral de Drenagem, “uma das obras mais importantes para Lisboa” no âmbito do combate às alterações climáticas, nomeadamente para preparar a cidade contra cheias de grande dimensão.

“Obra única” Carlos Moedas reforçou que o Plano Geral de Drenagem é uma obra “extraordinária e única em termos europeus”, indicando que o empréstimo é para financiar a 100% a construção dos dois túneis previstos neste âmbito, que chegam a ter uma profundidade de 70 metros. “É uma obra que é invisível ao olho, porque é em profundidade, mas é sem dúvida a obra mais importante para a cidade para nos prepararmos para as mudanças climáticas”, reforçou o presidente da Câmara de Lisboa, explicando que um dos túneis vai implicar cinco estaleiros, nomeadamente na Avenida da Liberdade, Rua de Santa Marta, Avenida Almirante Reis, Santa Apolónia e Campolide.

Relativamente à escolha pelo BEI, o autarca referiu que, depois de consultadas várias entidades bancárias, “foi este o banco que trouxe as melhores condições”. Segundo a proposta, a contratação de um empréstimo de médio e longo prazo junto do BEI é “até ao montante de 90 milhões de euros”.

O contrato é para “aplicação exclusiva ao Plano Geral de Drenagem”, nomeadamente a implementação de duas das suas obras estruturantes, o túnel Monsanto – Santa Apolónia, com cerca de cinco quilómetros de extensão e 5,5 metros de diâmetro, e o túnel Chelas – Beato, com cerca de um quilómetro de extensão e igual diâmetro, “numa solução pensada para resolver, entre 70% a 80%, os riscos de inundações na cidade de Lisboa e, portanto, com forte impacto na resiliência da cidade e protecção dos seus habitantes e futuras gerações”, lê-se na proposta da câmara.

Percursos distintos Os túneis são compostos por dois percursos: Monsanto – Santa Apolónia (TMSA) e Chelas – Beato (TCB). Têm 5,5m de diâmetro interno e desenvolvem-se a uma profundidade média de 30-40m (muito abaixo das edificações da cidade. Apenas em três zonas de atravessamento de vales na cidade e junto ao rio essa profundidade é menor). Estes túneis irão captar a água 11 recolhida nos 2 pontos altos (Monsanto e Chelas), bem como em pontos adicionais de captação, ao longo do seu percurso, nomeadamente Av. da Liberdade, Sta. Marta e Av. Almirante Reis, conduzindo todo esse volume de água ao rio (Sta. Apolónia e Beato). Desta forma é desviada a água que provocaria cheias e inundações, nos locais críticos de Lisboa, em picos de chuva.

O Túnel Monsanto – Santa Apolónia tem cerca de 5Km de extensão. O Túnel Chelas – Beato tem cerca de 1Km. O Plano Geral de Drenagem de Lisboa, com o período de execução 2016-2030 é, segundo a autarquia, “a obra invisível” que vai proteger a cidade para os impactos das alterações climáticas, nomeadamente evitar cheias e inundações, permitir a reutilização de águas e diminuir a factura da água potável, avançam os responsáveis municipais.

A conclusão da obra está prevista para o início de 2025, num investimento total de 250 milhões de euros. Para além de minimizar os impactes sociais, económicos e ambientais das cheias e inundações, a construção dos túneis de transvase de bacias, associadas a bacias antipoluição, trarão outras vantagens. Estas bacias antipoluição irão captar e armazenar as primeiras águas da chuva (as mais poluídas por trazerem os resíduos deposita dos na superfície dos pavimentos) conduzindo-as posteriormente às fábricas de água (ETARs), já com um prévio tratamento de decantação. Desta forma será possível aumentar significativamente os volumes de água já tratada que são conduzidas ao rio Tejo, minimizando os seus níveis de poluição. Outra vantagem na construção destas estruturas será a possibilidade de se utilizar água reciclada para lavagem de pavimentos, regas e incêndios. Isto será possível porque, nos túneis, será construída tubagem que conduzirá a água reciclada (das fábricas de água até às bacias antipoluição em sentido inverso ao da drenagem). Esta água reciclada será reservada em depósitos independentes, dentro das bacias antipoluição que por sua vez alimentarão os marcos de água reciclada a instalar na cidade (estruturas de cor roxa, distintas dos actuais hidrantes vermelhos, abastecidos com água potável).

Longo historial As situações de inundações são frequentes na cidade de Lisboa, em particular em zonas críticas como a Baixa e Alcântara. Estes fenómenos têm tendência a agravar-se devido à crescente ocupação do território e ao efeito das alterações climáticas. Segundo adiantam os responsáveis municipais, face a esta realidade é de extrema importância implementar soluções que eliminem ou reduzam os impactes sociais, económicos e ambientais associados às cheias e inundações. Em 2004, a Câmara Municipal de Lisboa, por iniciativa do então presidente, António Carmona Rodrigues e através da Empresa Pública Municipal de Águas Residuais – EMARLIS, deu início ao processo de lançamento do Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL), que foi adjudicado ao consórcio Chiron/Engidro/Hidra em Fevereiro de 2006.

Em 2008, foi aprovado o primeiro Plano Geral de Drenagem. Nesta versão, para controlo de cheias, considerava-se a construção de reservatórios e um tempo de recorrência de 10 anos (ou seja, a maior chuvada que, estatisticamente ocorre de 10 em 10 anos). Por falta de capacidade financeira, este Plano de 2008 não foi implementado. Em 2015 foi actualizada a versão do Plano Geral de Drenagem de 2008, evoluindo para uma solução que contempla a construção de dois grandes colectores (túneis), bacias de retenção/antipoluição e um tempo de recorrência de 100 anos. Esta versão foi aprovada, por unanimidade, em Reunião de Câmara em Dezembro de 2015. Em 2021 foi celebrado contrato com o consórcio Mota Engil / SPIE Batignolles Internacional para a concepção/construção dos túneis de drenagem de Lisboa.