Como é feito o celular? Entenda como os smartphones são criados

2021-12-13 10:24:35 By : Mr. Jun Ying

Dividida em várias etapas, a produção de um smartphone consiste em muito mais do que simplesmente projetá-lo e montá-lo. Você sabe como é feito o celular? Se a sua resposta for 'não', fique tranquilo, pois iremos explicar (de uma forma fácil de entender) todo o trabalho envolvido na criação de um produto do zero e no seu envio às lojas para você. 

Desde o primeiro iPhone, há pouco mais de 10 anos, os smartphones evoluíram muito, tanto no mercado quanto na tecnologia. À medida que os modelos se sofisticaram e suas principais novidades ficaram mais acessíveis, esses pequenos gadgets dominaram o mundo e, desde 2011, esse mercado gera mais vendas e lucros do que o de informática. Quem teria pensado, hein?

Então, vamos ao que interessa? Está vinculado ao processo de produção dos telefones celulares, desde a idealização até o lançamento no mercado:

Poucas pessoas se lembram dessa parte, mas a principal fase na produção de um smartphone é sua pesquisa e desenvolvimento. O fabricante precisa idealizar o produto com base em seu preço de venda e custo de produção. É justamente nesse ponto que a empresa decidirá como lucrará com uma determinada liberação após o pagamento de todas as despesas de produção.

Claro, a estética e a funcionalidade que devem ser inovadoras para conquistar o público também são consideradas neste momento, mas precisam estar aliadas ao lucro financeiro almejado. Ou seja, planejamento estratégico! Portanto, o custo de produção não envolve apenas o custo de montagem e os próprios componentes. Todo o dinheiro investido no projeto e o que vier após o lançamento (marketing, distribuição e infraestrutura) precisa estar orçado e coberto pela estimativa de retorno financeiro.

Um caso curioso é o de Xiaomi. O fabricante afirma que pode entregar preços tão baixos porque inverte a lógica usual dos concorrentes. Enquanto um concorrente inflaciona os preços no início das vendas para pagar os custos do projeto, a Xiaomi paga pelo desenvolvimento reduzindo os custos de produção meses depois. Em contraste, os preços da Xiaomi tendem a cair menos de vez em quando.

No caso de um high-end, que costuma despachar sensores e hardwares mais sofisticados, costuma ser necessário firmar contratos com fornecedores para que tudo esteja pronto no início da produção. Em outras palavras, é aqui que a Qualcomm, Sony, Samsung e afins, com a intenção de vender seus processadores, sensores de imagem e memórias, entram em cena como parceiros do chamado fabricante 'principal'.

É por isso que o iPhone, por exemplo, traz memórias, monitores, câmeras e sensores produzidos por terceiros e não pela própria Apple. Em certos casos, o fabricante em questão pode até desenvolver o componente, porém, na maioria das situações, um terceiro será responsável pela produção da peça.

Resumidamente: o conceito e a logística. O fabricante será responsável por todo o valor agregado àquele produto, que inclui a marca e seu valor, o design, as características exclusivas, a distribuição do produto, os testes de qualidade, o suporte pós-compra e, o mais importante, o marketing envolvendo aquele lançamento.

Em certos casos, o fabricante também será responsável pela produção de certas peças do dispositivo, mas isso não é uma regra. Normalmente, empresas como Samsung e LG, que têm suas próprias divisões de tela, por exemplo, fazem negócios com suas subsidiárias, o que mantém o dinheiro circulando, mas sempre dentro da mesma empresa.

Por outro lado, os smartphones vêm com uma série de componentes diferentes e nem sempre o fabricante em questão os produz. Em outros casos, acaba sendo mais barato comprar de terceiros do que 'de você mesmo'.

Um bom exemplo desse fenômeno é a própria Samsung, que divide a produção dos sensores de imagem de seus aparelhos entre uma terceira empresa, a Sony, e sua própria divisão de sensores, a ISOCELL. Algumas regiões recebem smartphones com câmeras ISOCELL, enquanto outros países, por sua vez, recebem câmeras Sony em seus aparelhos. E sim, as câmeras são idênticas.

Isso acontece por vários motivos, mas principalmente por causa da região onde aquele smartphone será vendido. Em uma fábrica no Brasil, por exemplo, pode ser muito mais caro importar componentes Samsung da Coreia do Sul ou da China. Nestes casos, acaba sendo mais viável comprar de produtores locais (ou mais próximos).

Como resultado, a grande maioria das fábricas não produz praticamente nada, apenas monta e distribui. No caso do Brasil, que não é muito significativo na indústria de semicondutores, as fábricas de alta tecnologia costumam receber chips, sensores e outras peças totalmente prontas. O trabalho dessas 'fábricas' é unir essas peças em um eletrodoméstico funcional e de qualidade.

Depois que o fabricante analisa todos os custos e projeta toda a infraestrutura de produção, que inclui a seleção de parceiros, a preparação das fábricas - e principalmente: tendo o produto idealizado e projetado, o que se deve fazer é produzir o protótipo e testá-lo.

Este processo é um intermediário entre o desenvolvimento e a produção final. A empresa deve fazer uma série de testes com o que projetou e, em países que possuem órgão regulador, aprovar a produção desse produto.

Os testes desse processo não devem ser confundidos com os chamados 'testes de qualidade', realizados durante a fase de produção do dispositivo. Nesta fase, o que será testado não é a qualidade do processo de fabricação, mas o bom andamento do projeto. Em suma, é a hora de ver se tudo o que foi imaginado para o modelo é realmente aplicável ao mundo real e às suas condições mais adversas.

É nesse ponto que o fabricante testa se os componentes vendidos pelos parceiros funcionam em todas as regiões onde o produto será vendido; se esse modem específico é realmente compatível com as bandas de rede usadas em um país.

É também neste estágio que as falhas e vazamentos são mais prováveis ​​de ocorrer. Se levarmos em consideração que os protótipos costumam ter boa parte dos componentes e características do modelo final, é possível entender porque tantos dispositivos vazam nesta fase.

Depois de analisar se os materiais e componentes selecionados funcionam bem na prática (em várias regiões do mundo, sob várias condições térmicas, umidade e sob vários tipos de uso), o dispositivo passa a ter sua validação registrada no mercado. No Brasil, isso acontece por meio da Anatel.

Apesar de tratar especificamente de telecomunicações (e dos riscos que envolvem essa parte do telefone), a Anatel exige uma série de requisitos para que um smartphone ou outro equipamento equipado com telecomunicações sem fio seja regulamentado e aceito no Brasil.

Por mais complexa que essa fase da fabricação de smartphones pareça ser, os processos de montagem costumam ser relativamente diretos. Para isso, as empresas investem em automação e equipamentos de última geração - menos complicações, menos chance de algo dar errado.

Na maioria das cadeias produtivas, inclusive as que operam em nosso país, em Manaus, grande parte do trabalho é feito da forma que mencionamos antes: nenhum componente é fabricado dentro da fábrica (por irônico que pareça).

Sem nenhum chip acoplado, a placa-mãe é a primeira a fazer parte da montagem: robôs e máquinas extremamente precisas colocam o material de solda em pontos específicos e que, posteriormente, dentro de um forno, permitirá a fixação de cada um dos chips. , sensores e outras conexões no local. Esse processo precisa ser automatizado e simplificado, pois evita despesas e aumenta a capacidade de produção.

No caminho para o final da linha de montagem, outras partes do smartphone serão acopladas, como o chassi que abriga a placa, agora com todos os seus componentes, o vidro frontal, próximo ao display, e, por fim, a carcaça que envolve tudo. Aos poucos, o que era apenas uma placa de circuito passa a ser o que é um verdadeiro smartphone. Minutos depois, o aparelho está praticamente pronto.

Em seguida, em testes de qualidade, os dispositivos são conectados e operados em um sistema que permite testar todas as funções essenciais rapidamente. Uma única interface permite testar a câmera, botões, touchscreen, alto-falantes, vibração, exibição de cores diferentes na tela e outros recursos que não necessariamente existem em todos os smartphones.

Se nesta fase estiver tudo bem, é muito provável que, em uma linha de produção comum, este dispositivo já vá para os processos de montagem final, recebendo sua identificação (etiqueta com número de série e afins), e então depois, sua embalagem.

Chegamos ao fim do processo de fabricação do celular. Mas vale ressaltar que, para chegar até você, ele precisa primeiro conquistá-lo. É aí que entra todo o desenvolvimento de campanhas de marketing, tanto com apelo visual quanto emocional, capazes de despertar o desejo de comprar quase que imediatamente.

E a embalagem, além de incluir a garantia de que todos os acessórios aplicáveis ​​estão disponíveis, também tem a função estética de ser irresistível. Hoje, empresas como a Apple aperfeiçoaram a arte da embalagem a tal ponto que é difícil imaginar um smartphone mal embalado.

Incrível todo o processo de fabricação do celular, não é? É claro que não há como abordar todos os detalhes de um processo de fabricação tão complexo como este, seja porque levaríamos uma eternidade para falar sobre tudo, seja porque as etapas podem variar de acordo com o modelo eletrônico em questão.

Para coletar todas essas e outras informações sobre como é feito o celular, a Showmetech esteve com o gerente de produto da Samsung Brasil em 2017. Durante uma entrevista muito divertida, ele nos contou um pouco mais sobre todo o trabalho de produção de um aparelho para o zero e entregá-lo em suas mãos. Dê uma olhada!

Agora que você acabou com o celular, dê uma olhada nos smartphones com 5G no Brasil!

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