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Postado na quarta-feira, 6 de agosto de 2008
A Polícia Federal (PF) prendeu várias pessoas em Alfenas acusadas de envolvimento com suposta fraude no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Três médicos especialistas foram presos na manhã desta quarta-feira e estão detidos na Penitenciária de Três Corações. Outros quatro funcionários também foram detidos, acusados de fazer parte do esquema de fraude da previdência, investigado por meio da “Operação Chimera” desde novembro passado.
A candidata a vereadora pelo PDT, Maria do Carmo Andrade Carvalho, funcionária credenciada do INSS, também foi presa. Ela é acusada pela PF de atuar como uma das corretoras de um esquema (envolvendo cidades de Minas e São Paulo) que danificou cofres públicos em R $ 6 milhões, mas, segundo a PF, esse montante pode chegar a R $ 20 milhões . O esquema já existia há cinco anos.
Dr. Godinho (azul), Boa Ventura (colete) e Edwar Quirino
Os médicos do INSS que foram presos são Edward Quirino (Provedor da Santa Casa), Boaventura Passos Vinhas (Secretário de Esportes) e José Antônio Godinho. Na região, 20 pessoas foram condenadas à prisão temporária por cinco dias (pode ser renovada por mais cinco). Segundo informações da EPTV, 17 foram encaminhados para a Penitenciária de Três Corações e outros três - que são advogados - foram para Belo Horizonte.
Durante a tarde, os detidos prestaram depoimento na Delegacia da PF em Varginha. Nesta quinta-feira, a polícia começou a ouvir cerca de 40 beneficiários do esquema que teriam obtido auxílio-doença e pensão por invalidez de forma irregular. Laudos periciais seriam fraudados para favorecer pessoas que pagassem valores “extras” para obter o benefício do INSS. Alguns servidores foram presos por facilitar o esquema.
A ação policial, envolvendo 180 agentes, ocorreu em várias cidades do sul de Minas e do interior de São Paulo. Ao todo, foram 20 mandados de prisão temporária e 37 mandados de busca e apreensão. Além de Alfenas, policiais trabalharam em Monte Belo, Conceição da Aparecida e Serrania. Em São Paulo, a PF realizou a Operação em Limeira, Jundiaí e Matarazzo. A denúncia dos envolvidos é corrupção passiva e ativa, fraude previdenciária, falsidade ideológica e inserção de dados falsos no sistema público e conspiração.
Maria do Carmo Andrade Carvalho
A ação policial em Alfenas começou pela manhã, a partir das 6h. Os médicos foram abordados em suas próprias casas. A agência do INSS permaneceu fechada durante todo o dia. Várias pessoas que procuraram o serviço da agência tiveram que voltar para suas casas sem o serviço que será retomado nesta quarta-feira. Lá dentro, os agentes da PF vasculharam o local em busca de evidências e só saíram do prédio no final da tarde. As prisões foram acompanhadas por representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
O delegado João Carlos Girotto disse ao Portal G1 que o grupo contou com a participação de advogados, despachante e médicos do INSS. Os “clientes” procuraram a quadrilha e agendaram fiscalizações com os médicos envolvidos na fraude, para que pudessem obter benefícios como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. Metade dos benefícios foi repassada aos associados do plano por até cinco meses.
O nome da Operação vem da mitologia grega. Quimera, era um monstro fabuloso com cabeça de leão, torso de cabra e cauda de dragão que lançava fogo de sua boca. Em português, a palavra quimera significa produto da imaginação, fantasia, utopia.
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Para muitos, Cabul, a capital do Afeganistão, já é o último refúgio.
Os maiores devedores são a Hapvida e a NotreDame Intermédica, que anunciaram a fusão este ano e respondem por um terço da dívida das operadoras com os cofres públicos.
Quando falamos em democracia, este sistema em que o povo é soberano, pensamos imediatamente em eleições, pois em muitos países são a única ocasião em que sentimos que podemos participar nas decisões.
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