Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. Conheça as reportagens do Projeto Colabora guiadas pelo ODS 1.
Mundo com fome desperdiça comida e privilegia produção insustentável de alimentos
Por José Eduardo Mendonça | ODS 1, ODS 2
Vozes das Ruas: #Colabora lança série com depoimentos de brasileiros em situação de rua; assista
Por Yuri Fernandes | ODS 1, ODS 11
Vozes das ruas: vítima de tentativas de estupro e homofobia luta por respeito ao lado da namorada
Por Luiza Trindade | ODS 1, ODS 10
Vozes das ruas: casal supera traumas para viver história de amor
Por Luiza Trindade | ODS 1, ODS 10
Nas ruas sem enxergar: ‘Ou você come comida do lixo ou faz coisa errada. Eu fico com fome’
Por Luiza Trindade | ODS 1, ODS 10
Vozes das ruas: ilustradora frequentava rondas de ONG para visitar a mãe
Por Luiza Trindade | ODS 1, ODS 10
Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. Conheça o Projeto Colabora e nossas reportagens sobre o tema.
Área de lavouras triplica após avançar sobre vegetação nativa no Cerrado
Por Oscar Valporto | ODS 12, ODS 2
Insegurança alimentar aumenta 40% na África com crise climática e pandemia
Por Oscar Valporto | ODS 13, ODS 2
Fome documentada: série mostra insegurança alimentar na pandemia
Mundo com fome desperdiça comida e privilegia produção insustentável de alimentos
Por José Eduardo Mendonça | ODS 1, ODS 2
Os contrastes entre o lucro do agronegócio e o aumento da fome no Brasil
Por Carlos Damascena Becerene | ODS 2
‘A soberania nacional e alimentar foi colocada em jogo’
Por Vivi Fernandes de Lima | ODS 12, ODS 2
Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades. Leia nossas reportagens temáticas do ODS 3.
Crianças já são 20% dos internados com covid-19 na África do Sul
Fiocruz: vacinar crianças é estratégico para aumentar cobertura vacinal no Brasil
Por Agência Fiocruz de Notícias | ODS 3
Série do #Colabora sobre hanseníase conquista menção honrosa no Prêmio Patrícia Acioli
Diário da Covid-19: Média de mortes no Brasil fica abaixo da média mundial pela primeira vez
Por José Eustáquio Diniz Alves | ODS 3
Solo mais fértil com cannabis
Diário da Covid-19: Pandemia deu trégua em novembro, mas sem festas em dezembro
Por José Eustáquio Diniz Alves | ODS 3
Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos. Conheça nossas reportagens guiadas pelo ODS 4.
ONGs lançam projeto para promover educação antirracista nas escolas públicas
Por #Colabora | ODS 10, ODS 4
Orçamento para educação caiu quase 40% desde 2015
Por Oscar Valporto | ODS 10, ODS 4
Sob cajueiro, com folhas de fax e lápis compartilhado: a luta por educação dos povos indígenas cearenses
Por Natali Carvalho | ODS 10, ODS 4
Adereço no ensino formal, Paulo Freire ganha vida nos movimentos sociais
Por Taís Ilhéu | ODS 4
Ensino remoto: esforço para continuar estudando durante a pandemia
Por Maria Nobre e Rosamaria Santos | ODS 4
Governo investe menos de R$ 5 por dia em crianças e adolescentes
Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. Veja as matérias do Projeto Colabora guiadas pelo ODS 5.
Desemprego entre mulheres negras na pandemia é o dobro do de homens brancos
Fugindo da transfobia: a história de uma trans brasileira refugiada na Itália
Por Janaína Cesar | ODS 5
Mulheres LGBT+ são alvo duplo do Talibã
Por Nicole Polo | ODS 16, ODS 5
Pena maior por ser mãe
Mulheres afegãs voltam para o passado
Volta do Talibã significa retrocesso de 20 anos para mulheres no Afeganistão
Por The Conversation | ODS 10, ODS 5
Água potável e saneamento
Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos. Conheça o Projeto Colabora e nossas reportagens sobre o tema.
Lixo por toda parte, um retrato do descaso
Os destaques e metas do programa Mundo sem Resíduos da Coca-Cola Brasil em 2020
Por Vinicius Barros | Conteúdo de marca, ODS 6
Coca-Cola Company e a água na América Latina: ‘Quando as pessoas se sentem parte da solução, tudo ganha força’
Por Vinicius Barros | Conteúdo de marca, ODS 6
Área verde de Nova York sem vestígios do lixão do 11 de Setembro
R$ 2,7 milhões serão destinados a programas de acesso a água e conservação ambiental no Brasil
Por Matheus Vieira | Conteúdo de marca, ODS 6
Água: uma visão global e, principalmente, local
Por Matheus Vieira | Conteúdo de marca, ODS 6
Energias renováveis e acessíveis
Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todas e todos. Veja mais sobre o ODS 7 nas nossas reportagens.
Energia renovável alimenta conflito esquecido na última colônia da África
Por The Conversation | ODS 16, ODS 7
Energia renovável, um lento progresso
Por José Eduardo Mendonça | ODS 7
Desconsiderar mudança climática fez Brasil gastar R$ 17 bi a mais com térmicas
Conta de luz poderia ser 25% menor se governo investisse em eficiência energética
Vivo inaugura usinas de energia solar no Norte Fluminense
Apagão econômico: o racionamento generalizado do Brasil
Por Roberto Pereira D'Araujo | ODS 13, ODS 7
Trabalho digno e crescimento econômico
Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos. Acompanhe o Projeto Colabora e saiba mais sobre o tema.
Turma de estagiários 2021: mentes talentosas e diversas
Por #Colabora | Conteúdo de marca, ODS 8
Vídeo: Turma de estagiários 2021 da Coca-Cola Brasil tem 94% dos aprovados com recorte de diversidade
Por #Colabora | Conteúdo de marca, ODS 8
MOVER assume compromisso de 10 mil novas posições para negros em liderança e capacitação para 3 milhões de pessoas até 2030
Por Vinicius Barros | Conteúdo de marca, ODS 8
Coca-Cola Company atinge meta de empoderar economicamente cinco milhões de mulheres: 400 mil apenas na América Latina
Por Marina Cohen | Conteúdo de marca, ODS 8
Empresas lançam programa para preparar pessoas trans para mercado de trabalho
Por #Colabora | ODS 5, ODS 8
Cerrado: berço de guardiãs dos saberes ancestrais
Por Ludmila Almeida | ODS 15, ODS 8
Indústria, inovação e infraestruturas
Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação. Leia nossas reportagens sobre o tema.
Coca-Cola cria protótipo de garrafa feita 100% à base de plantas
Por #Colabora | Conteúdo de marca, ODS 9
Um aplicativo para o guaraná (e para quem o cultiva)
Por Matheus Vieira | Conteúdo de marca, ODS 9
Piauí Conectado integra áreas de educação, saúde e segurança do estado
Leão completa 120 anos de criatividade e inovação
Por Vinicius Barros | Conteúdo de marca, ODS 9
Natura e Avon querem usar drones nas entregas para reduzir emissões
Por #Colabora | ODS 12, ODS 9
#Colabora e sete parceiros terão apoio do Google para monitorar clima em diários oficiais
Por #Colabora | ODS 13, ODS 9
Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles. Veja as reportagens do Projeto Colabora sobre o ODS 10.
Memórias de um pugilista da Justiça Social
Por Florência Costa | ODS 10
ONGs lançam projeto para promover educação antirracista nas escolas públicas
Por #Colabora | ODS 10, ODS 4
Jornalistas revelam bastidores de reportagens especiais que marcaram os 6 anos do #Colabora
Pessoas trans preparam lançamento de agência de jornalismo
Sobrevoo flagra desmatamento e invasões de terra de indígenas isolados
Por Oscar Valporto | ODS 10, ODS 16
COP26: após ataques, Txai Suruí teme por sua segurança no Brasil
Por Amazônia Real | ODS 10, ODS 13, ODS 16
Cidades e comunidades sustentáveis
Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. Leia nossas reportagens sobre o ODS 11.
O impacto da crise climática na vida das cidades
Por Agostinho Vieira | ODS 11, ODS 13
Câmara derruba emenda que protegia margens de rio em áreas urbanas
Por Oscar Valporto | ODS 11, ODS 14
Chacina no Salgueiro: polícia é responsável por 41% da letalidade violenta em São Gonçalo
Por Oscar Valporto | ODS 11, ODS 16
Arte “invisível” escancara narrativas periféricas aos olhos da elite
Por Gustavo Zeitel | ODS 10, ODS 11
Enchentes expõem vulnerabilidade ao clima
Por Custodio Coimbra | ODS 11, ODS 13
Cristo Redentor: 90 anos de deslumbramento, fé e algumas tretas
Produção e consumo sustentáveis
Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. Leia as matérias do Projeto Colabora guiadas pelo ODS 12.
O Sistema Coca-Cola Brasil e o Amazonas: uma parceria de mais de 30 anos
Por Marina Cohen | Conteúdo de marca, ODS 12
O que a biodiversidade tem a ver com a moda?
Eficiência, reposição e acesso a água: segurança hídrica é tema prioritário para Coca-Cola Brasil
Por #Colabora | Conteúdo de marca, ODS 12
Malwee lança laboratório para trabalhar em parceria por moda sustentável
Cada gota e cada ação fazem a diferença
Por #Colabora | Conteúdo de marca, ODS 12
Juçara: extração responsável ajuda a manter palmeiras em pé e conserva a Mata Atlântica
Por Luisa Valle | Conteúdo de marca, ODS 12
Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos. Veja as matérias do Projeto Colabora sobre o ODS 13.
O impacto da crise climática na vida das cidades
Por Agostinho Vieira | ODS 11, ODS 13
Por Sérgio Margulis | ODS 13
‘Janela de oportunidade para salvar a Amazônia está se fechando’
Por Mathias Boni | ODS 13, ODS 15
Floresta em pé: bom para a saúde do planeta e para o bolso do produtor
COP26: 9 temas do Pacto de Glasgow na análise dos especialistas
Economia de baixo carbono não é mais opção. Virou uma obrigação
Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. Veja mais sobre o ODS 14 nas reportagens do Projeto Colabora.
Câmara derruba emenda que protegia margens de rio em áreas urbanas
Por Oscar Valporto | ODS 11, ODS 14
Uma juventude ligada nas questões ambientais
Nova corrida do ouro ilegal leva 1,8 mil homens ao Rio Madeira, na Amazônia
Por Amazônia Real | ODS 14, ODS 15
Brasil perdeu 15% de suas dunas e praias em 36 anos
Por Oscar Valporto | ODS 14, ODS 15
Ressacas e projeto portuário provocam alerta ambiental no litoral do Rio
Por Elizabeth Oliveira | ODS 13, ODS 14
Advogados europeus denunciam Bolsonaro ao Tribunal Criminal de Haia
Por Oscar Valporto | ODS 14, ODS 15
Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade. Leia nossas matérias sobre o tema.
‘Janela de oportunidade para salvar a Amazônia está se fechando’
Por Mathias Boni | ODS 13, ODS 15
Como descarbonizar a economia em cenário de desmonte de políticas públicas?
Os desafios e as nuances da economia da floresta em pé
Nova corrida do ouro ilegal leva 1,8 mil homens ao Rio Madeira, na Amazônia
Por Amazônia Real | ODS 14, ODS 15
A COP do Clima tem que ser um lugar indígena
Por Hamangaí Pataxó | ODS 13, ODS 15
Inpe: desmatamento na Amazônia cresceu 22% em um ano
Por #Colabora | ODS 13, ODS 15
Paz, justiça e instituições eficazes
Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. Veja mais sobre o tema nas nossas reportagens.
Justiça italiana reconhece que solidariedade não é crime
Por Janaína Cesar | ODS 16
Drogas, garimpo, contrabando de madeira… tudo junto e misturado
Energia renovável alimenta conflito esquecido na última colônia da África
Por The Conversation | ODS 16, ODS 7
Reportagem do #Colabora conquista 38º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo
Chacina no Salgueiro: polícia é responsável por 41% da letalidade violenta em São Gonçalo
Por Oscar Valporto | ODS 11, ODS 16
Sobrevoo flagra desmatamento e invasões de terra de indígenas isolados
Por Oscar Valporto | ODS 10, ODS 16
Parcerias para a implementação dos objetivos
Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. Saiba mais sobre o ODS 17 através das reportagens do Projeto Colabora.
#Colabora celebra seis anos com ciclo de debates
Por que as fontes de financiamento climático estão secando?
Por ActionAid | ODS 13, ODS 17
Afeganistão: 550 mil pessoas em fuga com ofensiva do Talibã
Por Oscar Valporto | ODS 16, ODS 17
‘Olho da Rua’: filme ajuda a cruzada admirável do Padre Júlio Lancellotti
Por Bernardo de la Peña | ODS 1, ODS 17
Dia do Meio Ambiente: 17 razões para não comemorar
Bolsonaro light promete fortalecer órgãos ambientais e dobrar recursos
Por Oscar Valporto | ODS 13, ODS 17
Pandemia, um ano - olhares indígenas femininos
Na terra que maltrata os indígenas há mais de 500 anos, a covid-19 atingiu duramente esses povos originários. Três depoimentos descrevem o cenário de tristeza, perdas e abandono, no Sul da Bahia, em Cuiabá e em Manaus. Esquecidos pelos governantes, os indígenas amargaram muitas perdas e se viram amputados de vários rituais. E o futuro não se desenha melhor.
Indígenas em Manaus, uma tragédia invisível
Por Samela Sateré Mawé | ODS 3
Povo Pataxó aposta no isolamento, mas enfrenta perdas, privações e empobrecimento
Duplo abandono dos indígenas que vivem em Cuiabá
Para produzir reportagens sobre as consequências da pandemia em localidades fora do eixo Rio-São Paulo, o #Colabora e o Favela em Pauta selecionaram quatro jornalistas, que apresentam aspectos da crise sanitária e a luta permanente pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU. A realidade no Brasil profundo traça um retrato eloquente da diversidade e da desigualdade do país.
Covid-19, o novo inimigo na pandemia que os indígenas enfrentam há 520 anos
Por Alice Pataxó | ODS 10, ODS 15, ODS 16
Às margens do Rio Negro, comunidade ribeirinha em Manaus não tem acesso à água potável
Por Ariel Bentes | ODS 11, ODS 6
Agroecologia na batalha contra a fome que chegou com a pandemia
Por Luciana Petersen | ODS 10, ODS 12
Quilombos de Goiás e a falta de direito à cidade
Por Ludmila Almeida | ODS 10, ODS 11
Retratos da pandemia no Brasil distante das metrópoles
Por Flávia Campuzano | ODS 10, ODS 16
Projeto de bolsa-reportagem destinado a jovens comunicadores indígenas, o Vozes da Floresta é uma parceria do #Colabora e do ((o))eco na publicação de reportagens sobre as perspectivas dos povos tradicionais do Brasil, diante da cúpula multilateral (COP26) realizada em Glasgow, na Escócia. A iniciativa tem apoio do British Council.
A COP do Clima tem que ser um lugar indígena
Por Hamangaí Pataxó | ODS 13, ODS 15
Incansáveis guardiãs da (ainda) maior reserva de araucárias do mundo
Por Vanessa Neres | ODS 13, ODS 15
A saga dos Nawa, declarados extintos, que sobrevivem e lutam contra o silenciamento e por seu território
Garimpo divide opiniões e socializa impactos na Raposa Serra do Sol
Por Glycya Makuxi | ODS 13, ODS 15
Retrocesso na vacinação infantil
O Brasil chegou a 2020 com as piores coberturas vacinais infantis dos últimos 25 anos. Dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), inseridos no sistema Datasus, do Ministério da Saúde, escancaram a dimensão do problema: a vacina contra a poliomielite, com 100% de cobertura, entre 2000 e 2009 e perto disso de 2010 a 2015, despencou para 75,97%, em 2020; e a BCG, ficou em 73,8%, a menor cobertura em 27 anos, quando de 1995 a 2015, esse imunizante atingiu mais de 100% do público alvo no país. Para especialistas, a pandemia influenciou a queda na cobertura vacinal mas o fenômeno é anterior, causado por disseminação de informações falsas e pela falta de campanhas de vacinação. Neste Brasil desigual, há exemplos de sucesso e fracasso no objetivo de vacinar as crianças. Esta reportagem só foi possível com o apoio do projeto “Primeira Infância é Prioridade” da ANDI/Rede Nacional Primeira Infância em parceria com a Petrobras.
Brasil registra as piores coberturas para vacinas infantis em 25 anos
Mães e avós baianas não medem esforços para vacinar suas crianças
A realidade da vacinação em um país desigual
No Rio, em 2020, apenas 55,20% dos bebês foram imunizados
Num ano de tempestades, inundações e incêndios florestais por todo o planeta, o Reino Unido vai sediar a COP26 - a Conferência da ONU para o Clima - que muitos consideram a última chance do mundo de conter as emissões de gases de efeito estufa e reverter a crise climática. Na série A caminho de Glasgow, o #Colabora vem ouvindo especialistas para saber o que esperar da COP26 - que começa dia 1° de novembro na cidade escocesa - e o papel a ser desempenhado pelo Brasil
Mercado de carbono pode chegar a US$ 72 bilhões
Bolsonaro “cupinizou” a área ambiental
COP26: Guia traduz diplomacia climática
Amazônia no centro da geopolítica global
COP26: encontro dos ricos ou conferência da desigualdade
Brasil vai estar isolado na COP26
O ouro ilegal e seu rastro de destruição
Estudo aponta que 19 toneladas de ouro exportadas pelo Brasil em 2020 saíram de terras indígenas ou de Unidades de Conservação (UCs) da Amazônia. O ouro ilegal - 17% das 111 toneladas registradas para exportação - do nosso país chegou a Canadá, Suíça, Polônia, Reino Unido, Emirados Árabes, Itália e Índia. Apesar das restrições legais, a corrida do ouro em áreas protegidas vem ganhando ritmo acelerado desde 2018. No total, os pedidos de pesquisa para a exploração do metal na Agência Nacional de Mineração (ANM) ao longo dos anos, somam 6,2 milhões de hectares em 2020, uma área equivalente a 40 vezes o tamanho a cidade de São Paulo.
Brasil, o país do ouro ilegal
Corrida do ouro ameaça áreas protegidas
Amazônia: muito ouro e pouco desenvolvimento humano
No Brasil, são mais de 220 mil pessoas em situação de rua - população maior que a cidade de Criciúma (SC). Sete mil vivem no Rio de Janeiro em meio à violência e à invisibilidade. Para transformar esses números em nomes, rostos e histórias, o #Colabora lança a série especial “Vozes das Ruas”. Em quatro episódios, a jornalista Luiza Trindade liga a sua câmera durante as rondas do Projeto Ruas para ouvir os relatos fortes de Milena, Roberta, Lorena e do casal Priscila e Leandro. São histórias de luta, injustiças e até mesmo de amor, apesar das adversidades.
Vozes das Ruas: #Colabora lança série com depoimentos de brasileiros em situação de rua; assista
Por Yuri Fernandes | ODS 1, ODS 11
Vozes das ruas: vítima de tentativas de estupro e homofobia luta por respeito ao lado da namorada
Por Luiza Trindade | ODS 1, ODS 10
Vozes das ruas: casal supera traumas para viver história de amor
Por Luiza Trindade | ODS 1, ODS 10
Nas ruas sem enxergar: ‘Ou você come comida do lixo ou faz coisa errada. Eu fico com fome’
Por Luiza Trindade | ODS 1, ODS 10
Vozes das ruas: ilustradora frequentava rondas de ONG para visitar a mãe
Por Luiza Trindade | ODS 1, ODS 10
Recife, a capital mais desigual do Brasil
Recife recebeu no final de 2020 um título que nenhuma cidade busca: capital brasileira da desigualdade. Na "Veneza brasileira", edifícios de luxo e palafitas dividem as beiras dos rios. Para descrever o assombroso cenário, comprovado por dados do IBGE, o repórter Victor Moura percorreu de bicicleta quase 170km. Às margens de cinco rios da cidade pernambucana de 1,5 milhão de habitantes, ele conversou com Mary Rosa, Adilza, Israel, Leke, Gérson e Alcione. Seis pessoas que vivem à beira-rio em áreas urbanas sem água, sem esgoto e sem luz.
Rio Capibaribe: palafitas e prédios de luxo ocupam as mesmas margens
Rio Beberibe: entre Recife e Olinda, cada margem sofre de um jeito com a poluição
Rio Tejipió: enchentes constantes alagam o Recife
Pesquisa realizada por médicos do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) revela que a pandemia teve impacto direto tanto para os pacientes com Doença de Alzheimer (DA) e outras demências quanto para os cuidadores. Série especial mostra como a pandemia de covid-19 afetou a vida de pessoas diagnosticadas com Alzheimer e suas famílias. E mostra que a doença também não atinge apenas os idosos e pode se manifestar de maneira mais precoce.
Da solidão à sobrecarga: as dificuldades de lidar com o Alzheimer na pandemia
Por Júlia Amin | ODS 3
A história de três mulheres diagnosticadas com Alzheimer precoce
Por Júlia Amin | ODS 3
O Alzheimer de perto: um relato de quem convive com a doença na família
Por Júlia Amin | ODS 3
Hanseníase: internação à força e filhos separados dos pais
Durante quatro décadas, a política de combate da hanseníase no Brasil consistia em internar os portadores da doença à força e separá-los da família, inclusive de seus filhos recém-nascidos. As "colônias de leprosos" ou "leprosários" reforçaram o preconceito contra uma doença que deixa de ser transmissível ao ser tratada e tem cura para a maioria das pessoas. Hoje, os sobreviventes lembram as dores da separação e muitos filhos cobram reparação do Estado na Justiça.
Famílias partidas: efeito colateral da hanseníase no Brasil
Por Letícia Lopes | ODS 3
Filhas levadas pelo Estado e décadas de isolamento pela hanseníase
Por Letícia Lopes | ODS 3
Colônia de hanseníase tinha futebol, carnaval e até cadeia
Por Letícia Lopes | ODS 3
Enfermeira salvava filhos de pacientes com hanseníase de exílio familiar
Por Letícia Lopes | ODS 3
Hanseníase: ex-internos recebem pensão mas reparação a filhos demora
Por Letícia Lopes | ODS 3
Hanseníase persiste nos países mais pobres
Por Letícia Lopes | ODS 3
A grilagem espreita o Cerrado
O segundo maior bioma do país (atrás apenas da Amazônia) sofre com o assédio das monoculturas do agronegócio - apoiados pelos poderosos de Brasília - e o abandono dos povos originários, à espera infrutífera pela regularização de seus territórios. Mesmo todo o rigor não impede a sobrevivência de saberes tradicionais, e da geração de renda que preserva a vegetação.
Frutos do Cerrado tornam-se sustento das cooperativas agrícolas na pandemia
Por Ethieny Karen | ODS 11, ODS 12
Na Cerratinga, o princípio ativo da vida
Por Ludmila Almeida | ODS 15, ODS 3
Cerrado: berço de guardiãs dos saberes ancestrais
Por Ludmila Almeida | ODS 15, ODS 8
O Cerrado em (muito) perigo
Por Liana Melo | ODS 12, ODS 13
Grilagem: Governo quer legalizar o ilegal
Por Liana Melo | ODS 12, ODS 13
Refugiados encurralados no inferno da Bósnia
Visita a campos de refugiados nos Balcãs e a uma das portas de entrada na Itália denuncia a barbaridade humanitária das viagens de grupos oriundos de regiões em conflito ou atravessadas pela miséria, em busca do sonho de chegar à Europa. Uma aventura cheia de perigos, marcada pela intolerância, em meio ao frio, à estrutura precária, à falta de condições sanitárias e, para piorar tudo, à pandemia.
A tragédia dos refugiados nas bordas da Europa
Por Janaína Cesar | ODS 10, ODS 16
Jornada por um mundo de burocracia e ausência de humanidade
Por Janaína Cesar | ODS 10, ODS 11
Continente preso no paradoxo entre a solidariedade e a intolerância
Por Janaína Cesar | ODS 1, ODS 10
Dom: depósito de seres humanos
Por Janaína Cesar | ODS 10, ODS 11
Distanásia: a indústria do prolongamento da vida
A dificuldade em aceitar a finitude conduz a um duelo contra a morte. O conflito impõe sofrimento para sustentar a vida artificialmente, muitas vezes em condições indignas, à espera de um milagre que nunca vem.
Falta medicina paliativa no Brasil, o que piora condição de pacientes terminais
Paliativistas se tornam essenciais na pandemia
Dor, culpa e solidão na hora de decidir sobre tratamento da mãe
Pelo direito a uma morte digna, sem interferências artificiais excessivas
Sofrida e estéril batalha para adiar a morte
#Colabora nessa Maré de notícias
Reportagens de jovens jornalistas do Conjunto de Favelas da Maré sobre os efeitos da pandemia naquela população.
Onda de crises e uma Maré de oportunidades
Por Luiz Augusto de Souza Júnior | ODS 1, ODS 8
Luta que vem de dentro
Por Thaís Cavalcante | ODS 3
Na batalha por saúde, a Maré só conta com ela mesma
Por Ana Clara Alves e Jonatas Magno | ODS 3
Pandemia acentua dificuldades para trabalhadoras negras da Maré
Por Myllenne Nascimento | ODS 10, ODS 8
Longo e penoso caminho da educação a distância na Maré
Por Elaine Lopes e Matheus Luiz Chagas | ODS 11, ODS 4
Este é um espaço aberto à produção jornalística universitária. Nesta seleção de trabalhos de estudantes, as reportagens foram produzidas por alunos do curso de Jornalismo da PUC-Rio, na disciplina Laboratório de Jornalismo, ministrada pela jornalista Itala Maduell, e do curso de Jornalismo da UFRJ, na disciplina Reportagem I, ministrada pela jornalista Mariana Filgueiras. Sob orientação das professoras, os alunos passaram por todas as etapas de construção de uma reportagem, da sugestão de pauta à redação.
Solo mais fértil com cannabis
Ensino remoto: esforço para continuar estudando durante a pandemia
Por Maria Nobre e Rosamaria Santos | ODS 4
Quando a pandemia é um caminho para a realização pessoal
Por Juliana Sorrenti e Sophia Lyrio | ODS 3
#ParaTodosVerem: pessoas com deficiência visual enfrentam novos desafios na pandemia
Por Jose Mario Ferraz e Luana Reis e Ruth Scheffler | ODS 10
Especialidade médica: saúde LGBT+
Reciclagem de painéis é desafio ambiental para energia solar
Por Juan Pablo Rey | ODS 7
Um vírus e duas guerras
Levantamento apontou que 1.005 mulheres mulheres perderam as vidas, vítimas de feminicídio, durante os meses da pandemia em 2020 no Brasil. A média é de três mortes por dia. A triste realidade está nesta série de reportagens, parceria entre Amazônia Real, AzMina, #Colabora, Eco Nordeste, Marco Zero Conteúdo, Portal Catarinas, e Ponte Jornalismo.
Homicídios de mulheres trans: 77% são praticados com requintes de crueldade
Por Marco Zero Conteúdo | ODS 5
Agressão e silêncio: a rotina de violência doméstica contra uma mulher com deficiência
Na pandemia, três mulheres foram vítimas de feminicídio por dia
Por Amazônia Real, AzMina, #Colabora, Eco Nordeste, Marco Zero Conteúdo, Portal Catarinas e Ponte Jornalismo | ODS 5
Em meio à pandemia, violência doméstica se agrava no Rio de Janeiro
Com mais prisões de agressores, Espírito Santo registra queda de feminicídios
Relatório mostra dificuldades e aponta caminhos para obtenção de dados sobre violência contra a mulher
Por Amazônia Real, AzMina, #Colabora, Eco Nordeste, Marco Zero Conteúdo, Portal Catarinas e Ponte Jornalismo | ODS 16, ODS 5
Com a promessa de vida melhor para todo o semiárido nordestino, a obra de transposição do Rio São Francisco avançou sobre 1.889 propriedades e, a partir de 2010, 848 famílias começaram a ser reassentadas em vilas produtivas rurais. Dez anos depois, o Marco Zero Conteúdo visitou os locais e constatou que falta água para lavoura e até nas casas, e os moradores perderam suas raízes.
Diário de viagem: no rastro da transposição do Rio São Francisco
Por Marco Zero Conteúdo | ODS 6
Transposição do São Francisco: obra superlativa até no atraso
Por Marco Zero Conteúdo | ODS 6
Enquanto a água do São Francisco não vem, agricultor investe em reaproveitamento de recursos
Por Marco Zero Conteúdo | ODS 6
Força do coletivo: comunidades driblam falta d’água causada por atraso de obras no São Francisco
Por Marco Zero Conteúdo | ODS 6
Educação e saúde fora das vilas de reassentados da transposição do São Francisco
Por Marco Zero Conteúdo | ODS 6
Sem água e sem raiz: a saga das famílias desalojadas pela transposição do Rio São Francisco
Por Marco Zero Conteúdo | ODS 6
Por Juan Pablo Rey | ODS 7 • Publicada em 7 de julho de 2021 - 09:01 • Atualizada em 22 de julho de 2021 - 15:18
A Usina Solar Nova Olinda, no Piauí, com mais de 900 mil painéis solares: reciclagem de equipamentos é desafio para energia solar (Foto: Divulgação/Governo do Piauí)
Por Juan Pablo Rey | ODS 7 • Publicada em 7 de julho de 2021 - 09:01 • Atualizada em 22 de julho de 2021 - 15:18
A geração de energia via painéis solares cresceu 68,7% no Brasil durante o ano de 2020, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O Plano Decenal de Expansão da Empresa de Pesquisa Energética prevê que, até 2030, a potência instalada da tecnologia salte de 5,6 gigawatts (GW) para, no mínimo, 17 GW na geração distribuída (sistemas que produzem até 5 MW de energia), e de 3,3 GW para 8 GW na geração centralizada (grandes usinas). A energia sustentável, no entanto, tem um desafio a enfrentar: a falta de uma logística reversa – ou seja, a destinação correta dos painéis descartados, feitos de insumos como silício, alumínio, vidro e metais nobres como cobre, prata e, em alguns casos, finas camadas de ouro.
Em levantamento publicado em 2016, a Internacional Renewable Energy Agency (Irena – Agência Internacional de Energia Renovável na sigla em inglês) calculou que, até 2050, aproximadamente 550 mil toneladas de módulos fotovoltaicos serão descartadas no Brasil. Estes números, farão do território o maior produtor de resíduos deste tipo da América Latina. No entanto, o país tem apenas uma empresa, inaugurada há pouco mais de um ano, voltada exclusivamente à coleta e reciclagem de painéis solares.
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Hoje, 92% das instalações existentes no mundo são compostas de silício, elemento abundante na Terra. A tendência é que, com a evolução da tecnologia, os materiais utilizados sejam mais raros de se encontrar, o que reforça a necessidade de reciclagem dos geradores. “O silício vai cair de uso e outras tecnologias vão crescer. Existe uma perspectiva de que, no final de 2030, o uso desse elemento caia para 45%. Está na hora de começar a pensar no que fazer com o final das instalações”, alerta o engenheiro Lus Fernando Mendonça, coordenador de estudos de energia solar no Instituto de Energia da PUC-Rio (IEPUC).
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Em fevereiro de 2020, o governo federal assinou o decreto nº 10240/2020, que obriga os fornecedores a arcarem com toda a logística reversa de produtos eletroeletrônicos caseiros, inclusive módulos fotovoltaicos, disponibilizando pontos de coleta e, posteriormente, dando fim correto àquele material. Contudo, Mendonça ressalta que o decreto contempla apenas os módulos domésticos. As usinas, que contêm milhares de painéis, seguem sem legislação específica de descomissionamento.
“O decreto foi muito tímido. Foi feito muito específico para o uso que não é a grande massa. Existem centrais de 100 mil painéis, 10 mil painéis, mil painéis. Numa casa não, são escalas muito diferentes. Para tratar convenientemente o processo de descomissionamento de uma usina, centralizada ou híbrida, tem que ter acompanhamento e a previsão de como fazer isso desde a fase do projeto, senão fica como as plataformas de petróleo, que nós não sabíamos o que fazer”, afirma o professor, que coordenou estudos sobre a experiência da energia solar e os processos decisórios no Brasil, publicados no livro “O sol vai voltar amanhã: um espectro de análises sobre a energia fotovoltaica” (Lexikon, 2020).
A energia solar, com todos os benefícios que tem, não pode deixar para trás uma mancha de gerar resíduos inadequados. Há urgência no tema, porque quanto mais o tempo passa, mais será difícil buscar a responsabilidade sobre os painéis que estão sendo instalados em grande quantidade a todo tempo.
Os módulos fotovoltaicos têm vida útil de, em média, 25 anos. No Brasil, por se tratar de uma tecnologia recente, nenhum painel chegou ao fim de sua duração estimada. Mendonça explica que, apesar disso, os geradores de energia solar não são desmobilizados apenas quando não funcionam mais. “Por exemplo, em caso de um acidente. Se tiver uma central de produção fotovoltaica no interior do Rio de Janeiro e em uma enchente ou incêndio aquilo ficar destruído, vai ter que descomissionar. Tem alguma coisa hoje dizendo como fazer? Não. Quando no projeto não se pensa nisso, como vai tirar uma placa para fazer a substituição?”, indaga o engenheiro.
Para o vice-presidente de Cadeia Produtiva do Conselho de Administração da Absolar, Nelson Falcão, uma atenção maior à regulamentação da logística reversa é “urgente” e o assunto deve ser discutido de forma aberta pelo setor, com presença de associações como a Absolar. “A energia solar, com todos os benefícios que tem, não pode deixar para trás uma mancha de gerar resíduos inadequados. O tema é muito importante e, como os painéis não estão perto do fim da vida útil, acaba sendo relegado. Há urgência, porque quanto mais o tempo passa, mais será difícil buscar a responsabilidade sobre os painéis que estão sendo instalados em grande quantidade a todo tempo. No momento que você tem uma responsabilidade que não é clara, bem definida, fica até difícil as próprias autoridades tomarem algum tipo de providência”, argumenta.
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Falcão vê como fundamental a existência de uma circularidade bem definida e estabelecida no processo dos módulos fotovoltaicos. “Quando falo circularidade, é diferente de um descarte adequado, em que se pega um produto e assegura que ele, no final da vida útil, não prejudique o meio ambiente. A circularidade leva em conta um outro fator: é desenhada e construída para que aqueles materiais possam retornar ao processo produtivo”, explica o dirigente da Absolar.
Em 2020, de acordo com a Irena, o Brasil ficou em nono lugar no ranking mundial de potência adicionada anual da fonte solar fotovoltaica – a soma das grandes usinas centralizadas e dos pequenos sistemas distribuídos em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e no setor público que entraram em operação ao longo do ano. A Absolar informa que o país tem mais de 400 mil sistemas solares fotovoltaicos instalados que produzem 8 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica, o suficiente para abastecer de energia uma cidade do tamanho de Belo Horizonte, com quase três milhões de habitantes.
A SunR, primeira empresa de coleta e reciclagem de módulos fotovoltaicos no Brasil, foi criada há pouco mais de um ano em Vinhedo, interior de São Paulo. Atualmente, mais de 90% dos insumos que compõem a tecnologia fotovoltaica são recicláveis. Quando os módulos chegam à SunR, ocorre a retirada das estruturas metálicas para, posteriormente, o material ser moído. Depois deste processo, o conteúdo é separado por densidade e encaminhado para empresas que conseguem absorver a matéria-prima para a reutilização em outro mercado.
Falta responsabilidade dos governos em exigir na licença ambiental de uma usina solar que, no momento do planejamento, a empresa coloque o que será feito com o material no final
Os metais não ferrosos que a empresa não consegue reciclar in loco são enviados para o exterior: “Depois de moer, tem a separação granulométrica deste material: vidro, plástico, metais ferrosos e não ferrosos… O vidro reciclado com uma pureza de 90 a 95% é encaminhado para uma empresa que consiga absorver a matéria-prima, como as do setor cerâmico. Empresas poliméricas também conseguem inserir no seu processo produtivo uma determinada quantidade de matéria-prima que não é 100% pura”, explica a engenheira Amanda Pasqual, analista de parcerias da SunR. “Tem uma porcentagem de material não ferroso que não conseguimos realizar a reciclagem in loco; não conseguimos fazer a separação do silício de forma 100% perfeita também. Por isso, repassamos para uma empresa que envia para o exterior, e aí sim conseguimos gerenciar todo o resíduo que recebemos”, acrescenta.
Amanda Pascual também defende legislações específicas não apenas para os módulos domésticos de pessoas físicas, mas também para a chamada geração centralizada, que são as grandes usinas. “Hoje o Brasil já tem instalado, em usinas, milhões de placas fotovoltaicas. Estes projetos têm que ter responsabilidade. Assim como os eletroeletrônicos têm um grande incentivo fiscal, o setor fotovoltaico não pode ficar para trás. Para onde vão todos esses painéis? Nem as empresas sabem o que fazer. Falta responsabilidade dos governos em exigir na licença ambiental de uma usina solar que, no momento do planejamento, a empresa coloque o que será feito com o material no final”, afirma.
A engenheira e analista da SunR afirma que, embora o decreto nº 10240/2020 obrigue a logística reversa por parte dos fornecedores, em muitos casos isto não acontece. Em algumas situações, o próprio dono do projeto fotovoltaico se vê obrigado a entrar em contato com a empresa para desmobilizar os painéis. Apesar de a empresa atuar no recolhimento de módulos em todo o país através de parcerias, a operação pode se tornar inviável para o investidor de geração solar caso o módulo se encontre em um estado distante da recicladora.
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O descarte de painéis solares começa já na etapa de produção, quando os módulos não atingem a qualidade desejada. No transporte e na montagem do projeto, também ocorrem avarias. A analista da SUnR ressalta que o Brasil tem aproximadamente 440 mil toneladas de módulos instalados, dos quais cerca de 8% não atingem o final da vida útil, acrescentando que a evolução da tecnologia também faz com que as usinas não esperem os 25 anos para trocar os módulos fotovoltaicos. Os painéis atuais geram até quatro vezes mais energia que no período em que a tecnologia começou a ser utilizada no Brasil, em 2011 “Este avanço tecnológico torna mais conveniente para o empresário do setor trocar os módulos que, com o mesmo espaço físico, geram mais energia”, explica Amanda Pasqual.
Na União Europeia, onde a geração via painéis solares é utilizada há mais tempo, os módulos já estão perto do fim da vida útil. No continente, é exigido que 75% do material dos painéis seja reciclado. Para a analista da SunR, o modelo da UE pode ser adotado no Brasil para incentivar o descarte correto dos painéis. “Por obrigação, a empresa de reciclagem tem que buscar este material com o cliente. O valor da reciclagem já está embutido no preço do produto, no ato da compra. Isso faz com que o usuário e os empresários que estão nesta cadeia não sintam o preço do encaminhamento”, ressalta Amanda Pasqual.
O site Research And Markets, especializado em pesquisa de mercado, projetou que, até o final de 2025, o setor mundial de reciclagem de painéis solares atraia receitas de aproximadamente US$ 384,4 milhões. Marco Antônio Haikal, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e também pesquisador do IEPUC, enfatiza que, apesar de ser um problema recente, há diversas empresas de coleta e reciclagem na União Europeia. “Existem legislações e diretivas europeias sobre esse assunto”, aponta.
A primeira empresa exclusivamente dedicada à reciclagem de painéis solares só foi instalada na Europa (na França), em 2018. Mas há muitas grandes empresas de reciclagem, que trabalham com outros produtos, principalmente eletrônicos, e também atendem ao setor. “Tem empresas que desmontam os módulos, tiram os frames, as esquadrilhas de alumínio, aproveitam o vidro, que é a parte fácil. E, depois, fazem a reciclagem das coisas um pouco mais trabalhosas. Isso dá dinheiro. Alumínio custa caro, vidro tem valor, se utiliza uma quantidade enorme de energia para fazer o silício cristalino com alto grau de pureza. Pela reciclagem, você consegue economizar para produzir silício com 99,99% de pureza. Outras tecnologias que estão vindo aí utilizam elementos ainda mais raros”, explica o professor Haikal.
Coordenador do Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o professor Ricardo Ruther pondera que, no Brasil, os volumes descartados atualmente são dispersos. “Devemos olhar com mais atenção por causa dos volumes que serão gerados no futuro, mas não em função do que tem hoje de descarte por quebra, problemas de instalação”, afirma o engenheiro.
Ele acredita na importância da abertura de pequenas empresas no Brasil para que o país possa se preparar e aprender a lidar com o desafio que virá. “É importante que existam empresas fazendo isso. No caminho, essas empresas vão aprender, aparecer no radar, otimizar o processo e se preparar para grandes volumes. É uma recomendação para que todo o mercado comece a se preparar para essa situação que vai acontecer. Dá para desenhar esse trilho. Esse mercado vai crescer em uma curva exponencial, da mesma maneira que a geração fotovoltaica”, finaliza Ruther.
Estaremos prontos quando o momento chegar?
Juan Pablo é mineiro de Belo Horizonte e estudante de jornalismo da PUC-Rio, onde foi repórter do Jornal da PUC e do PUC Urgente. Tem interesse no jornalismo ambiental, política nacional e internacional, direitos humanos, cultura e esportes. Apaixonado por escrever e contar histórias.
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