“Chance de acontecer é mínima”, avalia diretor do Dmae sobre situação se repetir em outras áreas da cidade

Deve se estender durante o mês de setembro o trabalho de conserto do trecho da avenida Loureiro da Silva, no Centro Histórico de Porto Alegre, que cedeu e formou uma cratera no início de agosto. Equipes do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) repararam 13 pontos de rompimento da tubulação e colocaram as formas de concretagem que serão instaladas nesta semana.

Se o tempo ajudar, a conclusão da melhoria pode acontecer antes, segundo o diretor-geral do Dmae, Alexandre Garcia, apesar de reconhecer a complexidade da situação. “O buraco é muito profundo, por isso o trabalho fica mais perigoso à nossa equipe pois é uma área de aterro e um lençol freático muito intenso. Com bombeamento retiramos água dali e escorando a vala para não haver risco de soterramento”, explica.

Quando abriram o local, os servidores identificaram um tubo de esgoto de aço mais profundo em situação precária. “A tubulação de 1.900 milímetros foi soldada e vai ser concretada totalmente, o que chamamos de envelopamento. Dependemos do tempo, se houver muita chuva, o concreto demora mais a secar”, ressalta.

Garcia lembrou que o problema causado na rede pluvial moveu a areia sob o asfalto e deixou o espaço oco. Após a concretagem, a ideia de Garcia é partir para o fechamento da cratera, que ainda ocupa três faixas de um trecho da avenida Loureiro da Silva.

Garcia também disse considerar o problema pontual, com poucas chances de se repetir na cidade. Ele explicou que crateras dessa proporção acontecem em regiões com placas de concreto sob o asfalto. “Não temos histórico de pavimento desse tipo em outras áreas da cidade. A chance de acontecer é mínima”, frisou.

Era a madrugada de quarta-feira quando o asfalto cedeu e um buraco se abriu no local. “Eu estive pessoalmente dois dias antes do ocorrido, com a nossa equipe, e identificamos uma pequena depressão no pavimento e demarcamos o trecho. O trânsito já não estava passando por ali, apenas pelo lado”, afirmou.

A intenção do Dmae, segundo Garcia, era programar um reparo já para o mesmo fim de semana, mas o infortúnio se antecipou. “Não temos como saber o que acontece embaixo da terra sem antes abrir para ver, mas já havíamos detectado o problema. Só não sabíamos a dimensão”, explica.

Para o andamento do serviço, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) mantém o bloqueio na via entre a Câmara de Vereadores e a rótula da Edvaldo Pereira Paiva com avenida João Goulart. Os motoristas devem fazer o desvio pela rua General Vasco Alves e Rua dos Andradas. A estrutura cedeu na madrugada de 3 de agosto, assustando motoristas e pedestres.